A
presidente da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga a
exploração sexual de crianças e adolescentes, deputada Érika Kokay (PT-DF),
defendeu a aprovação de uma legislação no Brasil que puna, com multas, empresas
que se utilizarem de campanhas publicitárias com mulheres com apelo sexual para
vender seus produtos.
A posição
da parlamentar foi manifestada ao comentar o caso da linha de camisetas da
Adidas sobre a Copa do Mundo, com estampas de duplo sentido, que estiveram à
venda no site da empresa nos Estados Unidos.
Ao mesmo
tempo em que falavam da paixão do brasileiro pelo futebol, as camisetas reforçavam
o apelo sexual. A Adidas é a fornecedora
oficial de material esportivo da Copa do Mundo e fabricante, por exemplo, da
bola do Mundial.
Turismo
sexual
Numa
delas, estava a figura de uma moça de biquíni, com a frase "Lookin to
Score", que pode ser traduzida por "em busca de gols", mas
também é uma expressão que significa "Pegar Garotas", de uma maneira
mais sexual. Já outra
camiseta trazia um coração amarelo que também podia ser enxergado no formato de
nádegas, com um fio dental verde.
As peças
irritaram o governo brasileiro e levou a presidente Dilma Rousseff a escrever
no twitter que o País não aceitava e estava pronto para combater o turismo
sexual. Depois das reações contrárias, a Adidas suspendeu a venda.
Dignidade
das mulheres
Na opinião da deputada Érika Kokay, apenas a retirada do produto ou a suspensão da campanha publicitária que ofende a dignidade das mulheres é pouco. A parlamentar quer mais.
Na opinião da deputada Érika Kokay, apenas a retirada do produto ou a suspensão da campanha publicitária que ofende a dignidade das mulheres é pouco. A parlamentar quer mais.
"Muitas
vezes você tem campanhas que afrontam os direitos de crianças e adolescentes,
que afrontam o próprio País, que consideram mulheres como coisas, mercadorias,
que podem ser consumidas por estrangeiros que aqui chegam e, simplesmente, a
empresa apenas retira a campanha”, observa a parlamentar.
“Penso
que as empresas que fazem esse tipo de publicidade têm que ser
responsabilizadas e têm que arcar com multas que seriam revertidas para
campanhas contra a violência que atinge as mulheres", argumenta Kokay.
Reportagem
- Renata Tôrres
Edição - Newton Araújo
Edição - Newton Araújo
Nenhum comentário:
Postar um comentário