Deputadas
da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Trabalho Infantil fizeram, nesta
terça-feira (25), uma audiência pública para discutir o uso de mão de obra de
crianças e adolescentes durante o Carnaval do Rio. Entre os assuntos debatidos
na reunião, ocorrida na Câmara dos Vereadores do Rio, estão o trabalho infantil
em escolas de samba, a presença de crianças em barracas de comércio de rua
junto aos pais, e a exploração sexual de meninas e jovens.
Foi a terceira audiência sobre o trabalho infantil
no Carnaval. Antes do Rio, a comissão fez reuniões em Salvador e no Recife.
Instalada em outubro do ano passado, a CPI tem até maio para concluir suas
atividades.
Ficou
decidido que algumas medidas podem ser tomadas para evitar o uso de mão de obra
infantil, como o aumento da fiscalização do Ministério do Trabalho durante
grandes eventos, e a vistoria nos barracões de escolas de samba.
No caso
do Rio, foi constatado que muitos
ambulantes levam os filhos para as proximidades do Sambódromo, porque não têm
com quem deixar, ou porque querem ajuda das crianças. Foi sugerido ainda à prefeitura que aumente a
fiscalização para punir ambulantes acompanhados de crianças e adolescentes. O
representante da Guarda Municipal informou que o procedimento previsto pela
prefeitura é apreender as mercadorias do ambulante e encaminhar a criança ao
Conselho Tutelar.
Sobre a
exploração sexual de menores, o titular da Delegacia da Criança e do
Adolescente Vítima, Marcelo Braga, disse que a Polícia Civil fluminense
investiga uma rede de turismo sexual que envolve boates e hotéis da zona sul do
Rio.
Fonte: Vitor Abdala/Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário