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É grande o número de abuso sexual no Amazonas
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Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que
investiga a exploração sexual contra crianças e adolescentes no País destaca a
quantidade de casos no Estado.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que
investiga crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes em todo o
País aponta que o Amazonas é o caso mais preocupante pela quantidade de casos
de abuso sexual contra vulnerável e pela própria naturalidade com que as
pessoas tratam o problema.
“Não há nenhum outro Estado no Brasil que tenha um
número (tão grande) de operações de enfrentamento à exploração sexual por parte
da Secretaria de Segurança ou por parte da Polícia Federal e não há um nível de
impunidade tão profundo como temos aqui”, disse a presidente da CPI, deputada
federal Érica Kokay (PT-RJ).
Diante desta realidade, Kokay afirmou que, antes
mesmo do relatório final da CPI, vai encaminhar ao Conselho Nacional do
Ministério Público e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tudo o que foi
levantado no Amazonas para a abertura de um inquérito para a apuração dos casos
de pedofilia no Amazonas.
A CPI esteve no município de Coari (distante 362,4
quilômetros de Manaus) na última segunda-feira, colhendo depoimentos sobre
denúncias que envolvem o prefeito Adail Pinheiro. Na noite do mesmo dia, uma
audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) reuniu os membros
da Comissão com diversas autoridades e representantes de órgãos para fazer
enfrentamento de dados.
A CPI constatou que, em Manaus, no período de
janeiro a setembro, foram 706 casos registrados de abuso sexual contra
vulneráveis. No ano de 2012, foram 875 casos registrados. Em Manaus, são 400
crianças amparadas por programas de acompanhamento.
“Mais de mil crianças estão desamparadas do poder
público, isso é grave”, disse a relatora da CPI, deputada federal Liliam Sá
(PR-RJ). Também foi constatado que a Delegacia Especializada em combate a abuso de Crianças e Adolescentes de Coari, não
tem delegado e é administrada por um sargento da Polícia Militar (PM).
As integrantes da CPI estiveram na manhã desta
terça-feira na sede da Polícia Federal (PF) em Manaus, para levantar
informações sobre a Operação Estocolmo, deflagrada no dia 23 de novembro de
2012 contra a exploração sexual, com o superintendente em exercício da PF,
delegado Décio Carvalhida. A instituição afirmou, por meio da assessoria de
comunicação, que não se manifestaria sobre a reunião.
Ainda nesta terça-feira, as deputadas da CPI foram
ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para pedir do presidente do órgão,
Ari Moutinho, celeridade nos processos que envolvem pedofilia. Elas pediram
explicações sobre a tramitação de processos e sobre possível vazamento de
informações da operação Estocolmo.
O desembargador afirmou que tudo vai ser
investigado e que o tribunal colaborará com a CPI, sobretudo com o empenho da
Justiça em julgar os processos que envolvem exploração de menores de idade o
mais rápido possível.
Abuso sexual
706
casos de exploração sexual contra vulneráveis foram registrados em Manaus no período de janeiro a setembro, de acordo com dados da SSP.
casos de exploração sexual contra vulneráveis foram registrados em Manaus no período de janeiro a setembro, de acordo com dados da SSP.
875
casos de exploração sexual contra vulneráveis em Manaus ocorreram em 2012. A SSP prestou estas informações na noite de segunda-feira.
casos de exploração sexual contra vulneráveis em Manaus ocorreram em 2012. A SSP prestou estas informações na noite de segunda-feira.
56
dias foi o tempo que levou para tramitar o processo contra o prefeito de Coari, Adail Pinheiro. Adail é investigado pela CPI da Pedofilia.
dias foi o tempo que levou para tramitar o processo contra o prefeito de Coari, Adail Pinheiro. Adail é investigado pela CPI da Pedofilia.
Fonte: D24 Notícias
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