quarta-feira, 25 de setembro de 2013

CPI da Pedofilia aponta o Amazonas como o Estado em situação mais preocupante




É grande o número de abuso sexual no Amazonas
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a exploração sexual contra crianças e adolescentes no País destaca a quantidade de casos no Estado.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes em todo o País aponta que o Amazonas é o caso mais preocupante pela quantidade de casos de abuso sexual contra vulnerável e pela própria naturalidade com que as pessoas tratam o problema.
“Não há nenhum outro Estado no Brasil que tenha um número (tão grande) de operações de enfrentamento à exploração sexual por parte da Secretaria de Segurança ou por parte da Polícia Federal e não há um nível de impunidade tão profundo como temos aqui”, disse a presidente da CPI, deputada federal Érica Kokay (PT-RJ).

Diante desta realidade, Kokay afirmou que, antes mesmo do relatório final da CPI, vai encaminhar ao Conselho Nacional do Ministério Público e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tudo o que foi levantado no Amazonas para a abertura de um inquérito para a apuração dos casos de pedofilia no Amazonas.

A CPI esteve no município de Coari (distante 362,4 quilômetros de Manaus) na última segunda-feira, colhendo depoimentos sobre denúncias que envolvem o prefeito Adail Pinheiro. Na noite do mesmo dia, uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) reuniu os membros da Comissão com diversas autoridades e representantes de órgãos para fazer enfrentamento de dados.

A CPI constatou que, em Manaus, no período de janeiro a setembro, foram 706 casos registrados de abuso sexual contra vulneráveis. No ano de 2012, foram 875 casos registrados. Em Manaus, são 400 crianças amparadas por programas de acompanhamento.
“Mais de mil crianças estão desamparadas do poder público, isso é grave”, disse a relatora da CPI, deputada federal Liliam Sá (PR-RJ). Também foi constatado que a Delegacia Especializada em combate a  abuso de Crianças e Adolescentes de Coari, não tem delegado e é administrada por um sargento da Polícia Militar (PM).

As integrantes da CPI estiveram na manhã desta terça-feira na sede da Polícia Federal (PF) em Manaus, para levantar informações sobre a Operação Estocolmo, deflagrada no dia 23 de novembro de 2012 contra a exploração sexual, com o superintendente em exercício da PF, delegado Décio Carvalhida. A instituição afirmou, por meio da assessoria de comunicação, que não se manifestaria sobre a reunião.

Ainda nesta terça-feira, as deputadas da CPI foram ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) para pedir do presidente do órgão, Ari Moutinho, celeridade nos processos que envolvem pedofilia. Elas pediram explicações sobre a tramitação de processos e sobre possível vazamento de informações da operação Estocolmo.
O desembargador afirmou que tudo vai ser investigado e que o tribunal colaborará com a CPI, sobretudo com o empenho da Justiça em julgar os processos que envolvem exploração de menores de idade o mais rápido possível.

Abuso sexual
706
casos de exploração sexual contra vulneráveis foram registrados em Manaus no período de janeiro a setembro, de acordo com dados da SSP.
875
casos de exploração sexual contra vulneráveis em Manaus ocorreram em 2012. A SSP prestou estas informações na noite de segunda-feira.
56
dias foi o tempo que levou para tramitar o processo contra o prefeito de Coari, Adail Pinheiro. Adail é investigado pela CPI da Pedofilia.

Fonte: D24 Notícias 

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