quarta-feira, 14 de maio de 2014

Ministério da Saúde publica norma sobre parto humanizado

Um dia após o Seminário Faces da Violência contra a mulher, que teve entre os eixos temáticos a Violência Obstétrica, realizado no último dia 7, o Ministério da Saúde publicou a Portaria n° 371, que institui diretrizes para a organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido. A norma estabelece que ao nascer, o bebê deve ser colocado em contato imediato pele a pele com a mãe, em ambiente aquecido, favorecendo a mamada já na primeira hora de vida. Prevê-se ainda o corte do cordão umbilical apenas após parar de pulsar. As diretrizes fazem parte da organização da atenção integral e humanizada ao recém-nascido no Sistema Único de Saúde (SUS) e oficializam recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do próprio Ministério.
 No Seminário foram denunciadas práticas de violência obstétrica que implicam em sequelas emocionais e físicas, chegando em certos casos até mesmo a óbitos. A presidenta da Rede pela Humanização do Parto e Nascimento, Daphne Rattner, uma das expositoras do evento, comentou que a violência obstétrica faz parte da cultura dos serviços de saúde, é um fenômeno internacional e se insere entre as muitas violências de gênero a que estão sujeitas as mulheres. Para ela, “a violência obstétrica se caracteriza pela desumanização do tratamento e pela apropriação dos processos reprodutivos pelos profissionais da saúde”. A humanização da atenção a nascimentos e partos é uma “resposta à mecanização na organização do trabalho profissional e à violência institucional” cometida contra as mulheres. De acordo com Raquel Marques, presidenta da Associação Artêmis, a atenção humanizada à gestação e ao parto é um direito humano.
 Fonte: Agência Câmara 
Foto: Rogério Jr


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