terça-feira, 20 de maio de 2014

Falta de mamógrafos adaptados impedem que mulheres com deficiência realizem exames preventivos de câncer no colo do útero e de mama pelo SUS

 Apesar da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência ter completado 12 anos, ainda existem muitas reclamações acerca da qualidade e da eficiência dos exames realizados. Além dos riscos, as mulheres com deficiência, ainda enfrentam dificuldades para alcançar os equipamentos, como um mamógrafo. Pela altura dos aparelhos e pela falta de encosto nas paredes, é praticamente impossível realizar o exame.
Não ter mamógrafos adaptados é um dos maiores erros que o Brasil poderia cometer em relação à saúde das mulheres.  A mulher quando faz o exame de mamografia, têm que estar em pé e grudada no equipamento. Como é que, um equipamento se aproxima do corpo de uma mulher que está sentada? Então, ele tem que ter essa possibilidade. Ele tem que ser acessível.
Para a médica do Departamento Médico da Câmara dos Deputados, Salete Rios, a utilização da maca eletrônica é indispensável para a realização do exame: "A gente precisa de macas eletrônicas, que a gente consiga manusear e ajustá-la à altura da cadeira de rodas, com barras laterais, para que essas mulheres possam se deslocar sem dificuldade para fazer o seu exame de forma adequada. Por que às vezes a paciente é obesa, chega com esse problema e não tem nem pessoas para ajudar à transporta-la. E os médicos, às vezes, se vê obrigado a fazer o exame na própria cadeira de rodas. Um exame incompleto, que deixa a desejar, e de certa forma, não vai conseguir o diagnóstico correto. Porque o ideal é que se faça o exame em pé, mas a paciente que não consegue o equipamento tem que descer até a sua mama, sem dificuldade, e fazê-lo de forma correta".
O projeto, aprovado na Comissão de Seguridade Social, segue para as Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça.

Da Rádio Câmara, de Brasília

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