Apesar da Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência ter
completado 12 anos, ainda existem muitas reclamações acerca da qualidade e da
eficiência dos exames realizados. Além dos riscos, as mulheres com deficiência,
ainda enfrentam dificuldades para alcançar os equipamentos, como um mamógrafo.
Pela altura dos aparelhos e pela falta de encosto nas paredes, é praticamente
impossível realizar o exame.
Não ter mamógrafos adaptados é um dos maiores erros que o Brasil poderia
cometer em relação à saúde das mulheres. A mulher quando faz o exame de mamografia, têm
que estar em pé e grudada no equipamento. Como é que, um equipamento se
aproxima do corpo de uma mulher que está sentada? Então, ele tem que ter essa
possibilidade. Ele tem que ser acessível.
Para a médica do Departamento Médico da Câmara dos Deputados, Salete Rios,
a utilização da maca eletrônica é indispensável para a realização do
exame: "A gente precisa de macas eletrônicas, que a gente consiga
manusear e ajustá-la à altura da cadeira de rodas, com barras laterais, para
que essas mulheres possam se deslocar sem dificuldade para fazer o seu exame de
forma adequada. Por que às vezes a paciente é obesa, chega com esse problema e
não tem nem pessoas para ajudar à transporta-la. E os médicos, às vezes, se vê
obrigado a fazer o exame na própria cadeira de rodas. Um exame incompleto, que
deixa a desejar, e de certa forma, não vai conseguir o diagnóstico correto.
Porque o ideal é que se faça o exame em pé, mas a paciente que não consegue o
equipamento tem que descer até a sua mama, sem dificuldade, e fazê-lo de forma
correta".
O projeto, aprovado na Comissão de Seguridade Social, segue para as
Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça.
Da Rádio Câmara, de Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário