segunda-feira, 26 de maio de 2014

Delegacia de Pessoas Desaparecidas será inaugurada em julho


A CPI da Exploração Sexual da Câmara dos Deputados fez diligência nesta quinta-feira, dia 22 no Rio de Janeiro e se reuniu com delegados na Chefia da Polícia Civil, no Centro, e mães de crianças desaparecidas. Relatora da CPI, a deputada federal Liliam Sá (PROS-RJ) perguntou sobre o andamento das investigações acerca do desaparecimento de meninas do Rio, como Larissa Gonçalves, que sumiu, em 2008, aos 11 anos, em São Cristóvão, e sobre as ossadas que foram encontradas num terreno da Aeronáutica na Avenida Brasil.

A delegada Elen Souto, do setor de descoberta de paradeiro da Delegacia de Homicídios, disse que 213 ossadas de 2000 a 2009 estão sendo analisadas para verificar se algumas são das meninas desaparecidas e que, em uma semana, os laudos ficarão prontos. Depois, então, será feito exame de DNA nas mães das crianças para verificar se são das meninas.
           
A pedido das mães, a delegada Elen disse que será feita a progressão de imagem, processo digital de envelhecimento, já que as crianças não têm mais as mesmas idades. A delegada também anunciou a inauguração da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, logo após a Copa, na Cidade da Polícia, em Manguinhos.
            
O delegado titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, Marcelo Maia, disse que existe uma rede de tráfico internacional que inclui hotéis, boates e taxistas e pediu apoio à CPI para a instalação de uma Vara Especializada em crimes contra a criança vítima. O delegado anunciou que, até o final do ano, será inaugurado, no Hospital Souza Aguiar, o Centro de Atendimento ao Adolescente e à Criança que atenderá vítimas de crimes sexuais. O centro terá três salas: uma para registro de ocorrências, outra para entrevista investigativa e outra para IML.
        
Já na audiência no Quarto Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude do Ministério Público (CAO), a CPI tratou do caso Meninas de Guarus, em Campos, onde adolescentes que saíram da rede de exploração estão desaparecidas. Segundo a deputada, o processo desse caso foi negado duas vezes para a CPI, uma vez pela juíza Anna Carolinne da Costa, da Segunda Vara Criminal de Campos e, depois, pela juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo, do Tribunal de Justiça. Liliam acrescentou que o processo, estranhamente, foi parar até em Duque de Caxias.

A deputada encaminhou para o coordenador do quarto CAO, promotor Marcos Moraes Fagundes, o pedido do delegado Marcelo Maia de uma Vara especializada em crimes contra a Criança. O promotor disse que a Vara está em discussão no Rio e que ela já existe no Rio Grande do Sul e em Pernambuco. Ele falou da importância da qualificação da escuta de crianças vítimas de violência sexual para evitar a revitimização, ou seja, de profissionais qualificados para ouvirem os relatos. Liliam Sá informou que vai questionar o Ministério Público Federal e o Conselho Nacional de Justiça sobre o porquê de tanta morosidade em relação ao processo das Meninas de Guarus.

Andreia Brilhante
Assessora de imprensa da deputada federal Liliam Sá
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3357-3666



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