A CPI do Tráfico de Pessoas no Brasil esteve reunida nesta quinta-feira, dia 27, na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro, ocasião em que ouviu vários depoimentos de mães
que tiveram as filhas desaparecidas.
A mesa composta pelo deputado Arnaldo
Jordy (PPS/PA) presidente da CPI, deputado
Luiz Couto ( PT/PB) e deputada Liliam Sá (PROS/RJ), ouviu o relato emocionado de Jovita Belforte, mãe de Patrícia Belforte,
desaparecida desde 9 de janeiro de 2004. Ao depor, disse que só a esperança de
ainda rever a filha é que a mantém lutando
e que precisa saber o que realmente aconteceu. Jovita Belfort fez um apelo para que no Rio de Janeiro possa
ter uma delegacia especializada em desaparecimento de pessoas, antiga petição da deputada ao governo.
“O problema está no cárcere privado,
ou seja, pessoas são enganadas, muitas já saem do país com dívidas. O senador Marcelo Crivella há alguns
anos teve que viajar para repatriar algumas jovens que estavam no exterior. Por
isso, acho muito perigoso dizer que não é problema reter o passaporte porque
quando não se tem o passaporte fica mais difícil de fugir . Não queremos que
nossas meninas saiam do país enganadas, com promessas falsas de trabalho no
exterior, porque podem se tornar vítimas do tráfico de pessoas”, ressaltou a deputada Liliam Sá.
A CPI ouviu ainda Fernando
Marinho de Melo, oficial da Marinha Mercante, que foi preso em janeiro deste
ano, após uma luta da CPI da Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes, da qual a
deputada Liliam Sá é relatora. Além da menina
Larissa Gonçalves, ele é suspeito de mais 12 casos de desaparecimento de
meninas entre 9 e 12 anos, no Rio de Janeiro. Ele foi condenado por um
dos crimes e cumpre pena no presídio de Bangu 8.
Foram ouvidos ainda pela CPI, Wal Ferrão Ribeiro, Presidente do Portal Kids
e do Movimento Mães do Brasil, Marisa Dreys, da Polícia Rodoviária Federal, Ebenézer
Oliveira, coordenador do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado
do Rio de janeiro, Luiz Henrique Oliveira, gerente da Fia, Thadeus Gregory
Blanchette, da ONG da Vida, Elisabete Martins
de Lima Barros, mãe de Thais de Lima Barros, Raquel Gonçalves Cordeiro da
Silva, tia de Larissa Gonçalves Santos e Silvania Maria de Sousa, mãe de Larissa
Andrade de Sousa.
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