sexta-feira, 28 de março de 2014

CPI interroga acusado de tráfico de criança



A CPI do Tráfico de Pessoas no  Brasil esteve reunida  nesta quinta-feira, dia 27, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, ocasião em que ouviu vários depoimentos de mães que tiveram as filhas desaparecidas.

 A mesa composta pelo deputado Arnaldo Jordy  (PPS/PA) presidente da CPI, deputado Luiz Couto ( PT/PB) e deputada Liliam Sá (PROS/RJ), ouviu o relato emocionado  de Jovita Belforte, mãe de Patrícia Belforte, desaparecida desde 9 de janeiro de 2004. Ao depor, disse que só a esperança de ainda rever a filha é que a mantém lutando  e que precisa saber o que realmente aconteceu. Jovita Belfort  fez um apelo para que no Rio de Janeiro possa ter uma delegacia especializada em desaparecimento de pessoas, antiga petição  da deputada ao governo.

“O problema está no cárcere privado, ou seja, pessoas são enganadas, muitas já saem  do país com  dívidas. O senador Marcelo Crivella há alguns anos teve que viajar para repatriar algumas jovens que estavam no exterior. Por isso, acho muito perigoso dizer que não é problema reter o passaporte porque quando não se tem o passaporte fica mais difícil de fugir . Não queremos que nossas meninas saiam do país enganadas, com promessas falsas de trabalho no exterior, porque podem se tornar vítimas do tráfico de  pessoas”, ressaltou a deputada Liliam Sá.

A CPI ouviu ainda Fernando Marinho de Melo, oficial da Marinha Mercante, que foi preso em janeiro deste ano, após uma luta da CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, da qual  a deputada Liliam Sá é relatora. Além da menina Larissa Gonçalves, ele é suspeito de mais 12 casos de desaparecimento de meninas entre 9 e 12 anos, no Rio de Janeiro. Ele foi condenado por um dos crimes e cumpre pena no presídio de Bangu 8.

Foram ouvidos ainda pela CPI,  Wal Ferrão Ribeiro, Presidente do Portal Kids e do Movimento Mães do Brasil, Marisa Dreys, da Polícia Rodoviária Federal, Ebenézer Oliveira, coordenador do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado do Rio de janeiro, Luiz Henrique Oliveira, gerente da Fia, Thadeus Gregory Blanchette, da ONG da Vida, Elisabete  Martins de Lima Barros, mãe de Thais de Lima Barros, Raquel Gonçalves Cordeiro da Silva, tia de Larissa Gonçalves Santos e Silvania Maria de Sousa, mãe de Larissa Andrade de Sousa.


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