terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Filiação de mulheres a partidos políticos supera a de homens no último ano



As mulheres estão vencendo batalhas na busca pela igualdade na representação política. Em 12 meses, contados desde outubro de 2012, a filiação feminina a partidos políticos representa 64% das 136 mil pessoas que ingressaram nas mais de 30 legendas no período. Mesmo com esse avanço, apenas nas eleições de 2012 foi alcançada a meta de 30% de candidaturas femininas prevista na Lei Eleitoral.


Desde 2009, quando ocorreu a mudança na legislação e foi estabelecido o aumento do percentual mínimo de candidaturas do sexo feminino por partido, várias medidas foram criadas para incentivar a participação das brasileiras na vida política e partidária do país. Representantes das agremiações partidárias, por exemplo, se reúnem desde o ano de mudança da lei no Fórum Nacional de Instâncias de Mulheres de Partidos Políticos para discutir a questão de gênero.


Na última reunião, ocorrida em 30 de janeiro, na Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), as representantes de 17 partidos políticos definiram estratégias com o objetivo de aumentar o número de parlamentares na eleição de 2014. O encontro foi aberto pela ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci.


Temas comuns – Independente da questão ideológica ou partidária, as mulheres presentes no encontro decidiram apoiar temas comuns relacionados à política de gênero. Consideram iniciativas sobre creches, educação em tempo integral, na área de saúde e mobilidade urbana, entre outras questões caras às mulheres. São ações que contribuem para que as mães possam conquistar espaço no mercado de trabalho e na política.
A ideia das participantes do Fórum é trabalhar pela eleição de candidatas que tenham conhecimento político e comprometimento com as questões de gênero. Outra preocupação das representantes partidárias é afastar as candidatas “laranjas”, aquelas usadas apenas para cumprir a cota partidária de 30%, mas sem a menor intenção de investir na campanha ou atuar na política.


Desafios – A missão para eleger mais mulheres requer uma participação intensa junto aos partidos e de convencimento das novas filiadas a se candidatarem. Embora o número de filiações do sexo feminino, nos dois últimos anos, tenha pela primeira vez ultrapassado o do sexo masculino, segundo dados da Procuradoria Especial da Mulher do Senado e da Justiça Eleitoral, os homens ainda dominam a política. Do total de 15,1 milhões vinculados a alguma legenda, 8,4 milhões são homens e 6,7 milhões são mulheres. A tarefa agora é fazer com que esse aumento de filiações se traduza em candidatas eleitas tanto para as assembleias nos estados quanto para o Congresso Nacional. Enquanto a representação feminina chega a 9% na Câmara dos Deputados e a 10% no Senado Federal o percentual de eleitoras supera 51%.
Fonte:Comunicação Social da SPM/Ilustração: Procuradoria Especial da Mulher do Senado e Justiça Eleitoral


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