As
propostas para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
sobre a pedofilia no Amazonas ganharam novo fôlego com a divulgação dos
casos de abuso e exploração sexual de adolescentes envolvendo o
prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP). A situação tem causado grande
comoção no estado, mobilizando o poder público a tomar providências contra o político.
Na
manhã desta quinta (6), o número de deputados signatários da petição
apresentada por Luiz Castro (PPS) para criar a CPI chegou a dezenove,
nove a mais do que o registrado na quarta-feira (5).
A ideia do parlamentar é esperar até a próxima terça (11) para
protocolar o pedido, para que os cinco deputados restantes também possam
assinar o documento. Para a abertura de uma CPI, são necessárias, no
mínimo, oito assinaturas, que representam 1/3 dos 24 deputados da
Assembleia Legislativa do Estado (ALE). À tarde, também houve um ato
público na ALE, com a participação de políticos, promotores, advogados,
agentes públicos e a sociedade civil.
A CPI da Pedofilia na ALE seria a terceira investigação do tipo a acontecer no Amazonas nos últimos seis anos. A primeira CPI
a investigar o estado foi criada em março de 2008, com a coordenação do
senador Magno Malta (PR); na época, o relatório final apontou a
situação do Amazonas como “preocupante”, destacando as denúncias contra
Adail, então em seu segundo mandato.
Outra
CPI contra a exploração sexual de crianças e adolescentes foi
instaurada pela Câmara Federal em fevereiro de 2012, com a deputada Erika Kokay (PT) à frente. A passagem pelo Amazonas aconteceu em dezembro do mesmo ano, quando denúncias sobre tráfico de pessoas foram minimizadas por agentes públicos do estado, o que gerou críticas da Comissão. Os integrantes prometeram retornar ao estado ainda este mês.
Adail pode ter mandato cassado na próxima semana
O prefeito de Coari, que enfrenta 70 processos na justiça, pode ter o mandato como chefe do Executivo cassado na próxima semana. Em sessão do Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ) na última terça (4), 16 dos 19 desembargadores votaram pela perda do cargo, mais a aplicação de multa, pela nomeação de uma servidora municipal sem concurso público. O ato foi considerado crime de responsabilidade. A decisão só não saiu porque o desembargador Wellington Araújo pediu vistas do processo, adiando o resultado para a próxima terça (11), data que coincide
O prefeito de Coari, que enfrenta 70 processos na justiça, pode ter o mandato como chefe do Executivo cassado na próxima semana. Em sessão do Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ) na última terça (4), 16 dos 19 desembargadores votaram pela perda do cargo, mais a aplicação de multa, pela nomeação de uma servidora municipal sem concurso público. O ato foi considerado crime de responsabilidade. A decisão só não saiu porque o desembargador Wellington Araújo pediu vistas do processo, adiando o resultado para a próxima terça (11), data que coincide
Nesta
quinta (5), o Ministério Público do Estado (MPE) também anunciou que
deve apresentar denúncia contra o prefeito de Coari na próxima semana.
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