segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

CPI quer federalizar caso de pedofilia em Coari



CPI quer federalizar caso de pedofilia em Coari (Agência Câmara)
A relatora da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes, deputada Liliam Sá (Pros-RJ), quer denunciar o caso do prefeito de Coari, no Amazonas, Adail Pinheiro (PRP), suspeito de envolvimento com pedofilia. As informações são da Agência Câmara Notícias.

Com 77 mil habitantes, a cidade fica às margens do rio Solimões, no interior do Amazonas. No ano passado, Adail Pinheiro, acusado de pedofilia, foi convocado pela CPI e assumiu casos de nepotismo na prefeitura, mas negou a exploração sexual de meninas.

Integrantes da CPI tentam trazer a investigação do caso para o âmbito federal. Para eles, a apuração no Estado está contaminada por laços familiares e de amizade que unem acusado e autoridades responsáveis pela investigação.

Novas provas apresentadas pelo Ministério Público, segundo a deputada, comprovam o envolvimento dele nos crimes. "Queremos finalizar com a questão do Amazonas, porque o maior pedófilo que conhecemos, que foi apontado como maior pedófilo do Brasil, ainda está solto e tem cargo de prefeito. Nós queremos ver aonde vai acabar toda essa história que envolve o Adail Pinheiro, prefeito de Coari."

A presidente da CPI, deputada Érika Kokay (PT-DF), sugere alterações na legislação para combater casos como esse. "É preciso que a gente assegure a possibilidade de federalizar todos os casos de violação de direitos humanos e particularmente de violação de direitos de crianças e adolescentes que envolvam pessoas que têm muito poder regional, poder político ou poder econômico."

Kokay lembrou que a Polícia Federal investiga um caso de malversação de recursos públicos em Coari e conseguiu identificar uma série de evidências claras do envolvimento do prefeito na construção de uma rede de exploração sexual.

Na retomada dos trabalhos, em fevereiro, a CPI pretende levar adiante as investigações sobre a exploração de menores em rodovias, grandes obras e casas noturnas.

A comissão deve votar seu relatório até maio. Liliam Sá adiantou que o texto vai propor uma nova legislação de proteção à infância e à juventude, que obrigue os governos a investirem os recursos previstos nos programas sociais.

Fonte:  TNOnline?FolhaPress/São Paulo

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