Adail Pinheiro, prefeito de Coari |
Adail
Pinheiro responde a 70 processos por sonegação de impostos, corrupção de
menores, improbidade administrativa, incentivo à rede de exploração sexual de
crianças e adolescentes. O processo de exploração sexual de crianças e
adolescentes, que foi gerado a partir de gravações interceptadas, na operação
Vorax, da Polícia Federal também tramita no judiciário amazonense. Entretanto,
a CPI constatou que o processo estava parado.
"A
Justiça do Amazonas levou quatro anos para indicar um relator, o desembargador
Rafael Romano. Acho muito estranho que um dia antes da CPI chegar ao Amazonas,
foi designado um relator e a distribuição do processo de exploração sexual do
Adail, que já tramitava há quatro anos. Esperaram ele [Adail] ganhar a eleição
para prefeito de Coari e nada aconteceu. O próprio presidente do TJAM,
desembargador Ari Moutinho, chamou a atenção dos servidores e disse que
passaria as informações a CPI, mas até agora nada. Imagino eu que ele fez um
teatro", afirmou Liliam Sá.
A
relatora e a deputada Érika Kokay (PT-DF), presidente da CPI, protocolaram um
requerimento pedindo a federalização de todos os processos de Adail Pinheiro,
no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no dia 19 de dezembro de 2013.
O
pedido foi enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de
Barros. Até sexta-feira (24), o CNJ não havia encaminhado posicionamento sobre
a solicitação. "Achamos que desta forma não haveria interferência e
contaminação desses processos no judiciário do Amazonas", enfatizou Liliam
Sá.
Operação
Em 2008, Adail Pinheiro foi preso durante a Operação Vorax por suspeita de desviar mais de R$ 40 milhões da Prefeitura de Coari. Ele chegou há passar 63 dias preso. Mesmo após o esquema ser descoberto e com o retorno de Adail para o executivo do município no ano passado, servidores citados na operação da Polícia Federal continuam trabalhando na prefeitura da cidade, segundo a relatora da CPI.
Em 2008, Adail Pinheiro foi preso durante a Operação Vorax por suspeita de desviar mais de R$ 40 milhões da Prefeitura de Coari. Ele chegou há passar 63 dias preso. Mesmo após o esquema ser descoberto e com o retorno de Adail para o executivo do município no ano passado, servidores citados na operação da Polícia Federal continuam trabalhando na prefeitura da cidade, segundo a relatora da CPI.
"A
operação Vorax mostrou que Adail utilizava recursos do erário municipal, tinha
sequestrado uma menina com uso de arma de fogo, e isso foi comprovado. Manoel
Adail seduziu uma criança de nove anos. Enquanto a mãe da vítima cozinhava, ele
manipulou as partes íntimas da menina. Adail comprava virgindade das meninas
com menos de 14 anos para se satisfazer. Ele é um doente", disse Liliam
Sá.
As
próximas ações da CPI ainda não foram definidas em virtude do recesso
parlamentar. Após o retorno dos trabalhos na Câmara dos Deputados, que ocorre
no dia 3 de fevereiro, haverá uma reunião entre os parlamentares que integram a
comissão para planejamento.
Neste
ano, a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescente quer investigar o
cerceamento de pessoas, supostamente feito por um segurança por Adail.
"Queremos ouvir esse homem que estaria ameaçando as pessoas em Coari.
Temos que esclarecer todos os fatos e inclusive a denúncia do Fantástico.
Quando o programa mostrou esse novo caso, já tínhamos ouvido a vítima em sigilo",
ressaltou a relatora.
O
G1
solicitou esclarecimento do Tribunal de Justiça do Amazonas sobre o possível
sumiço do processo de pedofilia, mas o posicionamento não foi encaminhado até a
publicação desta reportagem. A assessoria de comunicação de Adail Pinheiro
também não encaminhou esclarecimentos sobre as denúncias da Comissão
Parlamentar.
Fonte: Adneison
Severiano Do G1 AM
(Foto: Reprodução/TV Amazonas)
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