A Câmara
deve instalar nos próximos dias uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)
para investigar a exploração do trabalho infantil no País. Dados oficiais
mostram que, em 2011, 3,7 milhões de crianças e adolescentes de cinco a
dezessete anos trabalharam no Brasil em atividades econômicas ilegais.
No Brasil
o trabalho é proibido antes dos 14 anos, e só pode ser feito em meio período
até os 17 anos, com os adolescentes contratados como aprendizes. Embora os
números tenham melhorado muito entre 2001 e 2008, o Fórum Nacional de Prevenção
e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPeti) alerta para o fato de que pouco foi
alterado de 2008 até hoje.
A
campanha "Tem criança que nunca pode ser criança" denunciou o
problema que mais tem preocupado especialistas: o trabalho Infantil doméstico.
Dos 3,7 milhões de crianças que estão em situação de exploração, 57,5%, ou
seja, 2,1 milhões trabalham em serviços domésticos, como lavar, passar roupa e
cuidar dos irmãos.
Em
outubro, o Brasil vai sediar a III Conferência Global sobre Trabalho Infantil,
promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Pelos dados da
instituição, 10,5 milhões de crianças em todo o mundo são trabalhadores
domésticos em casas de outras pessoas, em alguns casos em condições perigosas e
análogas à escravidão.
Desde
1996, o Brasil tem um Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). Hoje
ele está integrado ao Bolsa Família, e
famílias com crianças que são encontradas trabalhando têm prioridade de
inscrição no programa.
Além da transferência de renda, o programa prevê o acompanhamento das famílias e dos alunos para recuperar o tempo gasto no trabalho e ajudar no retorno à escola, ou à maior dedicação aos estudos.
Além da transferência de renda, o programa prevê o acompanhamento das famílias e dos alunos para recuperar o tempo gasto no trabalho e ajudar no retorno à escola, ou à maior dedicação aos estudos.
Fonte: Agência Câmara
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