quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Violência começa no nascimento

Hoje, no Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres, nos deparamos com a violência urbana instalada no Estado do Rio de Janeiro. Refletindo sobre essa problemática, observamos que a primeira violência que a mulher sofre é no seu nascimento, quando sua mãe perambula de um lado para outro procurando uma maternidade para dar à luz.
Nasce uma menina sem oportunidades, assim como seus irmãos. Juntos, crescem sem educação nem saneamento. Convivem em comunidades sem condições dignas de existência. Ao chegar à juventude, não conseguem o primeiro emprego, ficando às margens do mercado de trabalho. E, assim, muitos meninos são aliciados para o tráfico.
Meninas acabam se casando com traficantes, o que, nas comunidades, lhes dá até status. Da união, nascem filhos sem planejamento familiar que assistem às suas mães apanharem dos maridos, formando um círculo vicioso.
Se os governos da união, estados e municípios investissem mais em educação e na família, não teríamos essa violência que nos amedronta. Os jovens que carregam fuzis estariam inseridos no mercado de trabalho.
A violência não é só física, mas atinge a alma de mães que vêem seus filhos morrerem sem oportunidades nas comunidades vítimas de balas perdidas ou até propositais.

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