sábado, 19 de junho de 2010

O preconceito contra a mulher

Estava meditando, nessa manhã, que devemos ensinar nossas crianças a respeitarem suas diferenças, que meninos e meninas devem crescer com a consciência do dever de lutar pela igualdade de sexo e direitos. Talvez assim, nos próximos 20 anos, essa nova geração defenda a igualdade social independente do sexo.
Hoje, nós mulheres ainda sofremos diversos preconceitos em várias áreas sociais - que direi eu na política – antes dominada exclusivamente pelos homens. A maioria dos partidos políticos não conseguiu preencher os 30% de cotas reservadas às mulheres nas eleições deste ano. Com isso, continuaremos sendo a minoria nos parlamentos. Para você ter ideia, a minha carteira de vereadora vem escrito "vereador".
Em muitas famílias, a mulher tem dupla jornada de trabalho. Além de enfrentar todos os afazeres domésticos, no mercado de trabalho tem que conviver com a concorrência desleal. Em algumas profissões, a mulher chega a ganhar 30% menos que o homem e, se for negra, essa diferença salarial pode chegar a 46%.
Mesmo com tanto preconceito, muitas militantes do baton e salto alto conseguiram galgar espaços antes destinados somente a eles e, de piloto de fogão, passaram a pilotar aviões, ônibus, chegando a ser, em alguns países, dirigentes de nação. E, nesse ano eleitoral, diferentemente dos outros anos, temos, em nosso país, duas mulheres capacitadas a concorrerem à Presidência do Brasil. Marina e Dilma, com personalidades, estilo e histórias de vida bem diferentes.
Hoje, temos, em nossas mãos, o voto e a oportunidade que, há muito, pleiteamos. Se podemos administrar o nosso lar com sucesso, também temos que ter a confiança de que uma mulher pode governar a casa de milhões de brasileiros com competência.

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