segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

No AM, prefeito de Coari divide cela e defesa tenta novo habeas corpus

Prefeito Adail Pinheiro conseguiu acesso à delegacia despistando imprensa (Foto: Reprodução/TV Amazonas)
Adail foi preso e segue detido em Manaus (Foto: reprodução/TV Amazonas


Preso no último sábado (8), o prefeito de Coari, Adail Pinheiro (PRP), segue detido em cela coletiva do Batalhão da Polícia Militar, no bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste de Manaus. Agora, a defesa do político - que avalia a prisão como "absurda" - se prepara para entrar com novo pedido de habeas corpus nesta segunda-feira (10) para pedir a soltura do prefeito.

Em entrevista ao G1, o advogado de Pinheiro, Alberto Simonetti Neto, explicou que depende do processo na íntegra para ingressar com o habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). "Só vou ter acesso à completude das provas na manhã de segunda. Só me foi dado acesso a ele por despacho ontem (8), então dependo do documento para o avanço da defesa", disse.

O habeas corpus solicitará que Adail responda ao processo em liberdade. Simonetti avaliou a prisão do prefeito de Coari como "incabível". "O documento vai atacar a decisão. É um pedido de prisão absurdo. Dessa forma, não há fundamento que autorize o decreto de prisão contra o prefeito", alegou.

Este será o segundo pedido de habeas corpus da defesa de Adail, segundo Simonetti. O primeiro, expedido na tarde deste sábado (8), referia-se ao direito do prefeito de ser preso em quartel. Atualmente, ele divide uma cela coletiva com outros presidiários no Batalhão da Cavalaria da Polícia Militar, no bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste de Manaus. A Polícia Militar (PM) informou que o prefeito está em cela com outros dois presos. O nome dos dois não foi divulgado.
O primeiro habeas corpus, porém, foi "desistido", segundo o advogado. "Este documento foi dado em razão de um pedido que não tinha sido apreciado pelo desembargador, mas foi desistido". Simonetti disse ainda que o último contato com o prefeito de Coari aconteceu no momento da apresentação de Adail à Delegacia Geral.
Denúncias contra prefeito
Adail Pinheiro é acusado de chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes em Coari. O prefeito foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do   Amazonas (MPE-AM) na última sexta-feira (7), com pedido de prisão dele e de mais cinco suspeitos de envolvimento - presos na manhã do sábado (8).

Segundo a polícia, os suspeitos foram detidos em casa e não resistirão à prisão. Entre os detidos estão o secretário de Terras e Habitação, Francisco Orimar Torres de Oliveira, o chefe de gabinete da prefeitura de Coari, Eduardo Jorge de Oliveira Alves, Anselmo do Nascimento Santos (que seria motorista do prefeito), o assessor particular Elias do Nascimento Santos e a funcionária da Secretaria de Cultura do município, Alzenir Maia Cordeiro.
O advogado dos cinco presos, Fabrício Parente, informou ao G1 que pedirá cela especial para os três secretários detidos. Os suspeitos não falaram com a imprensa ao chegar à delegacia, em Manaus. O nome dos cinco foi revelado somente neste sábado (8), após as prisões.

Fonte:Diego Toledano Do G1 AM

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