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Liliam Sá fala da necessidade de reestruturação dos conselhos tutelares |
Deputados que integram a CPI da Exploração Sexual
de Crianças e Adolescentes estiveram reunidos esta semana com o prefeito de São
Paulo, Fernando Haddad, para debater o combate ao abuso sexual de meninos e
meninas na cidade. Relatora da CPI, a deputada Liliam Sá (Pros-RJ) considerou
positivo o encontro e destacou que Haddad propôs a criação de uma força tarefa
de vários órgãos e entidades para intensificar a fiscalização e reprimir a
exploração de crianças e adolescentes em todas as regiões da capital paulista.
“O prefeito se comprometeu a mobilizar o
Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Civil, a Vara da Infância e da
Juventude e os conselhos tutelares para ir a esses lugares e combater a
exploração sexual in loco”, disse a deputada.
Liliam também informou que Haddad pretende
aproveitar a abertura do governo federal em relação à reestruturação dos
conselhos tutelares para melhorar a estrutura ofertada em São Paulo. “Essas
instituições estão em situação muito precária”, declarou a parlamentar.
A relatora destacou ainda o encontro com a secretária de Justiça de São Paulo, Eloisa de Sousa Arruda. A secretária alertou para o fato de que grande parte das crianças em situação de vulnerabilidade na cidade vem de ônibus do Amazonas (especialmente da capital, Manaus), do Pará e do Ceará. A secretária admitiu que é fundamental uma fiscalização mais rígida para controlar a saída dessas crianças de seus estados.
Eloisa também teria demonstrado preocupação com os
aeroportos da cidade, por onde estariam chegando meninas menores de 18 anos
vindas do Congo e da Somália, supostamente financiadas pela máfia russa, para
serem exploradas sexualmente em São Paulo. Por fim, a secretária se comprometeu
a tomar providências para melhorar a fiscalização da entrada de pessoas em
Guarulhos e Congonhas.
Os deputados participaram também de audiência com representantes do Tribunal de Justiça, da Câmara Municipal de São Paulo e da Polícia Federal (PF). O delegado da PF, Aldo Iwata, cobrou atenção para o poder da internet no aliciamento das crianças e adolescentes de todas as classes sociais. Ele citou casos de meninos de 14 anos, geralmente do Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, que, trazidos para São Paulo, passam por um processo de feminilização, a fim de depois serem enviados à Europa para trabalhar na prostituição em regime análogo à escravidão.
Agência:
Câmara de Notícias
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