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A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República reforçou nesta quarta-feira o apoio à elucidação do desaparecimento
do pedreiro Amarildo de Souza. O comprometimento foi formalizado em reunião da
ministra Maria do Rosário com parlamentares da bancada do Rio de Janeiro.
No encontro, os deputados federais Jandira Feghali
(PCdoB), Jean Wyllys (Psol), Liliam Sá (PR) e Eurico Júnior (PV) entregaram um
ofício pedindo atenção ao caso.
O documento reuniu 37 assinaturas de deputados
federais e senadores do estado. Em resposta, Maria do Rosário afirmou que já
fez contato com a família e colocou a estrutura da secretaria à disposição. O
órgão garantiu que está acompanhando a situação de perto, como a proteção
federal a duas testemunhas, e que há o máximo interesse no rápido
esclarecimento do episódio. Amarildo está sumido desde 14 de julho, quando foi
levado por PMs para a UPP da Rocinha e nunca mais foi visto.
De acordo a deputada Jandira Feghali, que coordena
a bancada do Rio, apesar de a secretaria não ter poder de investigação para
interferir na condução do caso, pode requisitar documentos e acompanhar a
apuração, “o que já é muito importante”.
“O caso Amarildo tem angustiado a família do
trabalhador e toda a população. É mais grave ainda quando um dos principais
acusados na investigação é a PM. A chefe
da Polícia Civil, Marta Rocha, tem feito um trabalho exemplar, mas precisamos
que forças nacionais possam intervir e realizar apurações paralelas, para
buscar a verdade com neutralidade”, disse a parlamentar.
AGU avalia se PF pode atuar na apuração
A bancada do Rio que procurou apoio da secretaria
no caso também aguarda resposta do Ministério da Justiça para ver se a Polícia
Federal entrará na investigação.
Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, espera a resposta da Advocacia-Geral
da União, que avaliará se cabe ou não à PF entrar no caso. Amarildo desapareceu
há mais de dois meses, após ser levado por PMs da Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP) da Rocinha à sede da unidade na favela.
Fonte: Constança
Rezende/Jornal O Dia
Foto: Divulgação
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