quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Secretaria de Direitos Humanos acompanha de perto apuração sobre sumiço do pedreiro Amarildo





A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República reforçou nesta quarta-feira o apoio à elucidação do desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza. O comprometimento foi formalizado em reunião da ministra Maria do Rosário com parlamentares da bancada do Rio de Janeiro.
No encontro, os deputados federais Jandira Feghali (PCdoB), Jean Wyllys (Psol), Liliam Sá (PR) e Eurico Júnior (PV) entregaram um ofício pedindo atenção ao caso. 

O documento reuniu 37 assinaturas de deputados federais e senadores do estado. Em resposta, Maria do Rosário afirmou que já fez contato com a família e colocou a estrutura da secretaria à disposição. O órgão garantiu que está acompanhando a situação de perto, como a proteção federal a duas testemunhas, e que há o máximo interesse no rápido esclarecimento do episódio. Amarildo está sumido desde 14 de julho, quando foi levado por PMs para a UPP da Rocinha e nunca mais foi visto.

De acordo a deputada Jandira Feghali, que coordena a bancada do Rio, apesar de a secretaria não ter poder de investigação para interferir na condução do caso, pode requisitar documentos e acompanhar a apuração, “o que já é muito importante”.

“O caso Amarildo tem angustiado a família do trabalhador e toda a população. É mais grave ainda quando um dos principais acusados na investigação é a PM. A  chefe da Polícia Civil, Marta Rocha, tem feito um trabalho exemplar, mas precisamos que forças nacionais possam intervir e realizar apurações paralelas, para buscar a verdade com neutralidade”, disse a parlamentar.

AGU avalia se PF pode atuar na apuração

A bancada do Rio que procurou apoio da secretaria no caso também aguarda resposta do Ministério da Justiça para ver se a Polícia Federal entrará na investigação.

Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, espera a resposta da Advocacia-Geral da União, que avaliará se cabe ou não à PF entrar no caso. Amarildo desapareceu há mais de dois meses, após ser levado por PMs da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha à sede da unidade na favela.

Fonte: Constança Rezende/Jornal O Dia
 Foto:  Divulgação

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