quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Ex-vereadora apresenta na CPI inquérito do caso da rede de pedofilia em Campos, no Rio de Janeiro



A ex-vereadora de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, Odisséia Carvalho apresentou nesta quarta-feira (28) na Câmara o inquérito policial do caso da rede de pedofilia no município que ficou conhecido como "Meninas de Guarus".
Durante audiência pública promovida pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, Odisséia relatou que o esquema criminoso aliciava meninos e meninas de baixa renda entre 8 e 14 anos de idade para fins de exploração sexual, em hotéis e casas de festa.
Segundo o inquérito, quando não faziam até 30 programas por dia, os jovens eram forçados a usar drogas enquanto permaneciam em cativeiro. De 2011 a 2012, o Conselho Tutelar registrou 600 casos de pedofilia na cidade.
O processo, que corre em segredo de Justiça, se arrasta sem solução desde 2009 e as investigações só foram retomadas há três meses.
Envolvimento de políticos
A ex-vereadora Odisséia Carvalho declarou que a rede beneficiava vereadores e empresários da região, citando inclusive um dos filhos da prefeita de Campos dos Goytacazes, Rosinha Garotinho. "Havia uma casa de eventos que era de propriedade do filho da prefeita, mas não se cita diretamente seu envolvimento. Ele era o dono de uma casa de shows, onde aconteciam situações de exploração sexual e de venda de drogas."
A relatora da CPI, deputada Liliam Sá (PR-RJ), criticou a omissão das autoridades. "Estão encobrindo pessoas porque há envolvidos que na época tinham cargos políticos. A Câmara de Vereadores não indiciou os vereadores com a quebra de decoro parlamentar e não aprovou o pedido de CPI da vereadora. Ali cabia um pedido de CPI."
Entre outras medidas, a CPI vai convocar o acusado de comandar a rede de pedofilia, Leison Rocha da Silva, além de ex-vereadores denunciados como supostos clientes do esquema.
Da Redação – RCA
Colaboração - Ricardo Viula


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