Participei, nesta segunda-feira, dia 15, de julho do
Seminário Sobre Aplicação de Medidas Socioeducativas, na Associação do
Ministério Público. A Comissão, a qual
integro debateu parecer ao projeto de Lei nº 7197/02, do Senado Federal, que “acrescenta
inciso aos arts. 104 e 105 da Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990, que dispõe
sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências, para
permitir a aplicação de medidas socioeducativas a infratores que atingirem a maioridade
penal”.
Um dos pontos levantados é a necessidade de um diagnóstico
do sistema socioeducativo no Brasil e como ele funciona em todo o país. Outra
questão também abordada é quanto ao orçamento disponibilizado para ações
concretas. Foi mencionado ainda a importância da realização de audiências
públicas itinerantes nos municípios, para que se verifique as reais medidas socioeducativas aplicadas aos jovens
infratores nessas regiões. Foi registrado
também que são poucos os espaços disponibilizados para a internação desses
jovens e os que existem são inadequados, já que a estrutura física não comporta
o número de internos. A polêmica continua sendo a questão da idade do infrator
e o tempo de pena a que seria submetido, já que alguns defendem que cada caso
deve ser analisado individualmente, enquanto outros consideram relevante a
questão da reavaliação periódica durante o tempo de internação.
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Com Carlos Nicodemos, Direitos Humanos |
Ressaltei que é dever do município proteger as crianças e
que elas devem ser a prioridade do país. Não queremos que nossas crianças
venham a ser menosprezadas pelo sistema e aprisionadas sem condições de ressocialização.
Educação é fundamental, políticas
públicas devem ser aplicadas. A mesa composta pelos deputados Vieira da Cunha, (
presidente da comissão), Carlos Sampaio, (relator do projeto), eu (
Coordenadora do Seminário) e Jânio Mendes, contou ainda com a participação Dr. Renato
Lisboa Pinto, Dr.Luciano Motta e Dra. Márcia
Fernandes, da Coordenadoria de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.
O seminário teve ainda a participação de Carlos Nicodemos, coordenador-executivo
da Organização dos Direitos Humanos Projeto Legal, Heloísa Helena Oliveira, da
Fundação Abrinq, Nina Silva, do Degase, além de outros representantes de órgãos
e entidades que trabalham e militam em defesa das crianças e dos adolescentes.
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