
quarta-feira, 3 de abril de 2013
Diretor desconhece prostíbulo em canteiro de obras de Belo Monte em Altamira
A CPI da Exploração Sexual Infantil, da qual sou autora e relatora, ouviu nesta terça-feira, dia 3 de abril, em audiência pública, o representante do consórcio responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, Antonio Carlos Oliveira, Diretor da Área de Qualidade, Meio Ambiente, Segurança, Saúde Ocupacional e Responsabilidade Social do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) e o Engenheiro Antonio Elias Filho, Diretor de Construção da Norte Energia S.A.
Os responsáveis pelas obras de Belo Monte, negaram que a empresa tivesse conhecimento da exploração sexual de mulheres em boate localizada próxima ao canteiro de obras. Mas, questionado a respeito da responsabilidade da empresa sobre o que acontece nas imediações do empreendimento, Antonio Carlos de Oliveira informou à CPI que a Norte Energia ficará atenta à segurança no entorno da usina.
Em operação policial recente, diversas jovens, uma delas menor, foram encontradas na Boate Xingu, em área no entorno de Belo Monte, trabalhando em regime de escravidão, sendo obrigadas a se prostituir. As meninas haviam sido aliciadas no sul do País e moravam no prostíbulo em pequenos quartos sem janelas e com travas externas. Antonio Carlos de Oliveira disse que a boate ficava fora do canteiro, a 2 quilômetros da usina, em área particular.
É um absurdo, que os responsáveis pelas obras da hidrelétrica de Belo Monte, não saibam da existência desse prostíbulo, visto que para chegar ao local era preciso passar por duas guaritas do consórcio.
O debate sobre a situação de exploração sexual infantil em Altamira, continua nesta quarta-feira, ocasião em que ouviremos os representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), Wagner de Siqueira Pinto, Gerente Executivo da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil (BB), José Carlos Medaglia Filho Superintendente Nacional de Assistência Técnica e Desenvolvimento Sustentável da Caixa Econômica Federal (CEF). Queremos saber do compromisso dos investidores no enfrentamento a exploração sexual infantil nas grandes obras como PAC e Copa do Mundo de 2014.

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