quarta-feira, 6 de março de 2013

Crescimento rápido de cidades aumenta exploração sexual

O número cada vez maior de habitantes em cidades próximas a grandes obras tem sido uma das causas do aumento da exploração sexual de jovens e adolescentes. A afirmação é da coordenadora do Conselho Tutelar de Altamira (PA), Lucenilda Lima, que participou, nesta terça-feira, dia 5 de março, de audiência pública da CPI, da qual sou autora e relatora,e que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes. Lucenilda prestou depoimento sobre o caso da menor que fugiu em fevereiro deste ano da boate Xingu, próxima ao sítio Pimental, um dos canteiros de obras da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Na ocasião, confirmei que a mãe da adolescente, Maribel Correa, não foi à Brasília por medo de sofrer retaliações por parte das outras pessoas da quadrilha que ainda não foram presas. Segundo a conselheira, na boate trabalhavam 12 mulheres, além da adolescente e de um travesti. As condições do local indicam trabalho comparado ao escravo e exploração sexual. Todas as mulheres já chegaram à Altamira com uma dívida de R$ 3 mil, já que eram trazidas do Sul. Para a presidente da CPI, deputada Erika Kokay (PT-DF), as empresas responsáveis por grandes construções que atraem milhares de pessoas, devem ser corresponsáveis no enfrentamento desse problema. Ficou acertado que na próxima semana membros da CPI devem visitar Altamira para verificar a situação de crianças e adolescentes próximos à construção de Belo Monte. A Comissão vai ouvir também representantes das construtoras e agentes financeiros dessas obras.

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