Segundo levantamento da ONG Safernet, de janeiro de
2006 a outubro de 2012, aproximadamente 40,5%
dos registros são referentes a crimes de pornografia infantil. A
pesquisa resultou no site da
Central Nacional de Denúncias de Crimes
Cibernéticos que reúne estatísticas de sete entidades que possuem canais
on-line para acusações anônimas de delitos contra os direitos humanos e dos
animais. São elas: Polícia Federal, Câmara, Senado, Secretaria de Direitos
Humanos, Ministérios Públicos Federais de Minas Gerais e das Paraíba e a
Safernet.
Durante
seis anos, internautas fizeram 3,1 milhões de denúncias para 463 mil páginas
únicas (endereços de internet) hospedadas em 88 países.
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Foram
registradas oito categorias de delitos: incitação a crimes contra a vida (com
19,2% das denúncias), racismo (9,4%), intolerância religiosa (7,9%), maus
tratos contra animais (7,6%), neonazismo (7,1%), xenofobia (3,9%), homofobia
(3,4%) e tráfico de pessoas (0,1%). Outras 31 mil denúncias (1%) não foram
classificadas. Os números, agora podem ser vistos em indicadores.safernet.org.br
Páginas únicas com suspeita de pornografia infantil também dominam os resultados: 224,6 mil endereços denunciados (48,5% do total).
Quase todo o conteúdo denunciado está hospedado fora do país 97,6% encontram-se em servidores estrangeiros, em especial dos EUA, onde fica grande parte da infraestrutura da internet mundial. Tal cenário dificulta as investigações e faz com que as autoridades nacionais priorizem a análise dos 2,4% das páginas suspeitas que estão hospedadas no Brasil.
Tudo que é recebido pela central de denúncias passa por análise, automatizada e humana, até que se decida por uma investigação. A Safernet não calcula quantos casos chegam a esse estágio.Ainda assim, denúncias recebidas pelos canais que formam a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos já resultaram em sete operações da Polícia Federal, seis contra casos de pornografia infantil e um contra neonazismo e racismo.Essa última ocorreu em março deste ano, quando a PF prendeu em Curitiba dois homens que mantinham um site cujos textos eram ilustrados com fotos de mulheres decapitadas e continham frases que incitavam a morte de mulheres que mantinham relações sexuais com negros.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
MARCELO SOARES
DE SÃO PAULO
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