segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Quase 30% das mulheres assassinadas morrem em casa
ABSURDO: 28% das mulheres assassinadas no país morrem em casa. Cinco anos atrás, foi criada a Lei Maria da Penha, porém ainda há um longo caminho a percorrer para que tenhamos mais a comemorar. Segundo o Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, o ambiente doméstico é cerca de três vezes mais perigoso para as mulheres do que para os homens. Das mulheres assassinadas no país, 28,4% morreram em casa. Esse número é quase três vezes maior do que a taxa entre os homens, de 9,7%.
O lar é o segundo local mais "perigoso" para as mulheres. As mortes por assassinato de mulheres ocorrem em primeiro lugar na via pública (30,7% dos casos), em segundo lugar em casa (28,4%) e, em terceiro lugar, no hospital (23,9%).
Já no caso dos homens, quase metade das mortes por assassinato ocorre nas ruas (46,4%). O hospital responde por 27,7% dessas mortes e a residência corresponde a 9,7%.
Os dados são alarmantes: quatro em cada dez mulheres brasileiras já foram vítimas de violência doméstica, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009, feita pelo IBGE. Segundo a Pnad, 43,1% das mulheres já foram vítimas de violência em sua própria residência. Entre os homens, esse percentual é de 12,3%.
E o pior é que de todas as mulheres agredidas no país, dentro e fora de casa, 25,9% foram vítimas de seus cônjuges ou ex-cônjuges.
O combate à violência contra a mulher precisa ser encarado como prioridade pelos nossos governantes em todas as esferas. É preciso investir nas Delegacias de Atendimento à Mulher
e no sistema de proteção às vítimas. Embora os números ainda sejam assustadores, tivemos, ao longo do tempo, muitas conquistas como o direito ao voto. Que, olhando para o passado, possamos relembrar nossas vitórias e nos motivarmos certas de que muito mais conquistaremos.
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