Um estudo internacional mostrou que o bullying no Brasil (atos repetidos de violência física ou psicológica nas escolas sem motivo evidente) gera um prejuízo de até US$ 943 milhões por ano. A pesquisa foi feita pela organização britânica de defesa das crianças Plan International e o Instituto Overseas Development. No cálculo, foi considerada a perda de ganhos de uma pessoa que deixa de ir à aula ou desiste da escola devido à violência. A pesquisa também mediu as perdas do investimento público em educação por causa das faltas dos alunos nas escolas.
Segundo o estudo, 84% dos estudantes que participaram da pesquisa em seis capitais brasileiras acharam suas escolas violentas e 70% disseram que foram vítimas de abusos.
O problema é mais grave do que se pensa. Muitas crianças têm medo de falar nas agressões praticadas por colegas na escola e crescem com baixa auto-estima. O bullying também atinge crianças bem pequenas, como a menina de 6 anos, estudante de uma escola municipal na Piedade, no Rio, que teve os cabelos cortados e chegou em casa com hematomas. A criança foi vítima de bullying porque falou com a professora sobre a bagunça que os colegas estavam fazendo. Quanta brutalidade vinda de crianças tão novas quanto ela!
A escola precisa se responsabilizar pelos atos de violência praticados dentro de suas dependências. E a família tanto da vítima quando do agressor deve ser chamada e orientada sobre como evitar essas atrocidades. A Secretaria de Educação precisa desenvolver programas nesse sentido. Muitas crianças já sofrem violência em casa. Não é possível que o quadro se repita num lugar apropriado para desenvolver a sua cidadania. Criança merece respeito!
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