É vergonhoso que o Brasil lidere a taxa de abandono escolar entre os países do Mercosul: 10% dos alunos do ensino médio abandonaram as salas de aula em 2007. Nos países vizinhos, essa taxa foi menor: 7% na Argentina; 6,8% no Uruguai; 2,9% no Chile; 2,3% no Paraguai se 1% na Venezuela. Os dados são do IBGE.
Segundo a pesquisa recente, a situação também é crítica no ensino fundamental. A taxa de abandono no Brasil foi de 3,2%, maior que a da Venezuela (2,3%), que a do Paraguai (1,9%), Argentina e Chile (1,3% cada) e Uruguai (0,3%).
O nosso país vai mesmo mal em educação. A aprovação brasileira é a pior entre os países do Mercosul: 85,8% no ensino fundamental. Os países vizinhos têm índices acima de 90%.
Crianças e adolescentes precisam de incentivos para não abandonarem a escola e, sim, se dedicarem aos estudos. Em plena era digital em que as informações chegam numa velocidade muito grande, as aulas não podem se limitar “a cuspe e giz”. São necessários atrativos, criatividade dos profissionais e da rede de educação.
Professores arrogantes e autoritários que desrespeitam os alunos com palavras insultuosas, conforme denúncias que costumamos receber na Comissão da Criança da Câmara do Rio, têm que ser substituídos. Educadores devem agir com autoridade e não autoritarismo. Eles têm que conhecer e aplicar o Estatuto da Criança e do Adolescente. Precisamos cuidar da auto-estima das nossas crianças para que não cresçam bloqueadas em suas capacidades intelectuais e criativas.
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